quarta-feira, 16 de julho de 2008

Convergência via msn

Durante uma aula, discutindo convergência, integração multimídia, jornalismo cidadão (feito em colaboração ou pela própria audiência) e como planejar coberturas que se interliguem ao mesmo tempo na web, no jornal impresso, rádio e tv aberta e que tenham alto índice de interatividade, lembrei de um dia de chuva, dois meses atrás, em que tive uma saudável discussão via msn com uma amiga e ex-colega.

A polêmica começou porque, para estimular a audiência a enviar relatos das agruras vividas durante o temporal, decidi relatar o que eu mesma tinha vivido, em primeira pessoa, despindo -me da capa de jornalista para revelar a cidadã que anda de ônibus e vive numa capital com problemas de infra-estrutura urbana históricos. Não satisfeita, decidi incentivar outras pessoas da minha equipe a fazer o mesmo e em pouco tempo, estávamos recebendo relatos inusitados escritos por gente que enfrentou os mais diversos problemas.

Minha amiga considerou piegas e até de mau-gosto o resultado da cobertura feita em primeira pessoa. Na época, usei vários argumentos demonstrando meu ponto de vista e ela usou igual quantidade de argumentos para me provar o seu. Aprendi muito naquele dia, embora mantenha minha crença de que o caminho é trazer cada vez mais a audiência para dentro da notícia como protagonista.

O mais interessante é perceber que a discussão divide outras opiniões e que tanto existem jornalístas que tem opiniões semelhantes a minha quanto existem aqueles que rezam pela cartilha da minha amiga. O denominador comum talvez esteja bem próximo de ser encontrado, mas enquanto isso não acontece, vou experimentando o fazer notícia nas suas diversas formas.

No link, o texto que provocou a discussão teórico-filosófica:

Trabalhar em dia de chuva, valha-me deus!

2 comentários:

Anônimo disse...

O que seria do jornalismo sem pessoas? Não seria, não é? Aliás, quem faz jornalismo são as pessoas, nós e nós, nós que tornamos público o que nós mesmos vivenciamos no dia-a-dia. Nós, jornalistas, nós, não-jornalistas.... Nós. Não sobreviveríamos uns sem os outros. Muito menos no jornalismo.

Andreia Santana disse...

Concordo plenamente.