quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Planejamento de cobertura é igual a armar quebra-cabeças...

...sempre falta uma peça e geralmente, só nos damos conta quando a cobertura já começou. No olho do furacão, com todos os fatos se desenrolando, só nos resta respirar fundo e improvisar. O bom de todo planejamento é que sempre sobra espaço para o plano b, ou c, ou d... Eleições, Carnaval (ainda mais em Salvador), festivais de cultura, festas juninas, olimpiadas, copa do mundo, jogos pan-americanos, GP de fórmula 1...a imprensa vive de um calendário fixo entremeado de eventos factuais que pipocam aqui e ali. "Ah, mas todo ano todos esses eventos são iguais". Quem dera fossem mesmo. O leitor sem memória nem iria perceber que repetimos as mesmas matérias. Só que, nós, os jornalistas, os viciados em trabalho, workholics convictos e orgulhosos, sabemos e temos memória. Além disso, quem disse que fazemos jornal para o leitor? Fazemos para outros jornalistas, para mostrar à concorrência que o nosso produto é melhor. Ainda assim, nada supera o prazer de montar o quebra-cabeças de uma grande cobertura, ainda que faltem peças que só serão notadas no meio da transmissão ao vivo, vale a pena receber essa descarga adicional de adrenalina no sangue. O efeito dura pouco. Os acertos no jornalismo duram o tempo de vida de uma notícia e os erros são tão eternos quanto o tempo. Mas vale o risco. É a mesma sensação de um técnico de futebol, de um general armando uma batalha (na época que as batalhas eram ganhas de forma honesta e respeitavam-se protocolos e feriados). É a sensação do dever cumprido. No final, com peças faltando ou sem, fica sempre o gostinho de "conseguimos mais vez" e o friozinho na espinha, de ansiedade, pelo próximo desafio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sábado, 15h, a aventura começa, Guilherme. Ai ...

(Antes disso: sessão de vinis pela manhã e beijos e pizza brasileira - da pizza hut - com "sol de meu verão" na hora do almoço)

oba!