sábado, 20 de dezembro de 2008

Leio, penso, critico

"O jornalista é o operário-padrão da era pós-industrial".

A VELOCIDADE COMO FETICHE

O texto de Sylvia Moretzsohn mexeu com os brios dos jornalistas no curso de pós e mostrou o quanto é importante refletir sobre cada palavra lida. Sem senso crítico, tudo o que um acadêmico escreve vira verdade suprema, justamente porque ele está imbuído do "poder" da sabedoria. "É letrado, é doutor. Logo, ele ou ela, sabe do que fala". E assim, a sociedade é dividida entre especialistas e...os outros.

Sem senso crítico, tudo o que um jornalista escreve vira verdade absoluta. Porque ele está imbuído do "poder" de traduzir para eles, os outros, os não-especialistas, o jargão indecifrável dos poderes constituídos.

Mas há que se considerar que, ao escrever, acadêmico ou jornalista levam para dentro do seu texto, além dos fatos e das descobertas de suas pesquisas, um pacote inteiro de vida, de referências bibliográficas, geográficas, sociológicas, familiares, que nos acompanha desde que nascemos nessa babel chamada mundo.

Somos todos fruto do meio onde nascemos, onde nossas idéias germinam e dão novos frutos, em eterna troca de referências, em retroalimentação, no livre exercício do pensar.

2 comentários:

turbina de ideias disse...

Pois é, Andreia. É o repertório cultura de cada um que dá a visão de mundo, que alguns querem absolutista. É preciso relativizar. Nietzsche já dizia que alguns turvam as águas para que não possamos ver o fundo.

Andreia Santana disse...

Exatamente Beto. Só me preocupo porque as pessoas lêem cada vez menos. Resultado: não pensam e quem não pensa, não analisa, não critica, não opina. Isso me assusta. Uma geração inteira de autômatos que não questionam me assusta demais.