quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Cuba: 50 anos da revolução


O ano começa com os 50 anos da revolução cubana. Na reportagem especial, o título diz que o desafio é abrir-se para o mundo sem deixar de ser socialista. Um desafio não apenas para Cuba, mas para o mundo todo. Crescer, evoluir, mas sem esquecer das necessidades básicas das pessoas. Eu prefiro sempre apostar no humano, mesmo que o ser humano meta os pés pelas mãos quase sempre. Me recuso a acreditar que somos uma lástima completa.

A revolução cubana é ícone para uns, loucura para outros, mas se mantém há cinco décadas. Há que se tirar o chapéu para um povo que sobrevive por 50 anos, apesar do embargo. Talvez, nos dias de hoje, Fidel e Che tivessem feito tudo diferente, ou não. Quem pode saber? O que importa é que olhar para os 50 anos de la revolución ensina bastante. De crise os cubanos entendem. Vivem com tão pouco há tanto tempo. Mas eles têm saúde e educação garantidas, diriam os defensores. Sim, com certeza. Estão evoluidos naquilo que países infinitamente mais ricos não chegam nem perto.

Os cubanos têm lições à nos ensinar. Tanto por sua revolução, quanto pela beleza da sua música, pela tenacidade do seu povo.

"Con lo que tengo, me sobra pa' cantar"... diz o verso de uma canção cubana. E, se eles cantam, porque nós temos de questionar a validade ou não da sua revolução? Que os cubanos decidam o próprio destino. Eles merecem esse direito.

2 comentários:

turbina de ideias disse...

Antes da revolução, Cuba era um casino dos estados Unidos. Perderam, graças à tenacidade de seres humanos que acreditam nos homen e não no poder do capital financeiro. Cuba investiu no capital humano. Tio Sam teve que engolir esse projeto socialista que embalou, e ainda embala, tantos sonhos acordados.Tentaram invadir uma vez a Ilha e foram escorraçados, não tentaram de novo porque sabem que vão enfretar um povo decidido a morrer pela revolução.Cuba tem o segundo exército mais poderoso das américas. O bloqueio é mais um crime contra a humanidade que os norte-americanos cometem, da mesma maneira que são cúmplices da sangreira que banha os palestinos neste momento. Viva la Revolucion,sí, Andreia. Hasta la victoria siempre.

Andreia Santana disse...

é por isso que defendo o direito dos cubanos, dos palestinos e de qualquer povo escolher o próprio destino, a própria forma de governo. Na caça aos terroristas, às bruxas e a qualquer outra criatura mitológica ou em realidades inventadas e alimentadas pelos senhores das armas, os EUA sacrificam centenas de vidas e ainda querem posar de heróis, mas, como diria cazuza "meus heróis morreram de overdose e meus inimigos estão no poder"