segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Quarto dia - and the oscar goes to...
A melhor coisa do quarto dia de Carnaval, acreditem, foi a cerimônia do Oscar. Quem quer ser um milionário? comprovou o favoritismo. Quando o oba-oba em torno do filme terminar, eu assisto e tiro minhas próprias conclusões. Embora Danny Boyle seja um nome para se levar em consideração, mesmo que até hoje eu não tenha me dignado a assistir Transpoiting. Tem o DVD aqui em casa há séculos, mas eu não assisti ainda. Tenho umas birras próprias. Lá um dia eu pego e assisto. Na prateleira de Bobbie também tem Pornô, o livro que dá continuidade a história de Transpointing, mas o rosa berrante da capa me assustou um pouco. Não é o número um da minha lista de coisas para ler. Lá um dia, quem sabe, pego e leio.
Entre um trio e outro, de esquelha, dava uma olhadinha na cerimônia na TV da redação. Pincei algumas cenas de Hugh Jackman revivendo seus dias de Broadway e Beauty and the beast, musical que o tornou famoso na Austrália. "O homem mais sexy do mundo" (a culpa provavelmente é do Wolverine), me parece, conseguiu conduzir a cerimônia de maneira digna.
Embora, o excesso do glamour do musical tenha me dado a impressão de que a premiação do Oscar virou um grande palco para Hugh mostrar que sabe cantar e dançar. Fiquei tentando ler as expressões dos outros atores. Deve ser meio difícil agradar uma plateia majoritariamente de colegas de trabalho. Mas o menino Jackman literalmente suou o smoking. A propósito, gosto dele, mas aconselho que risque Austrália (o filme) do currículo.
De qualquer forma, Hollywood fez mais uma sessão de mea culpa, dando um oscar honorário para Jerry Lewis. Bons tempos o da minha infância, quando a barriga doía de tanto rir das tiradas do ator.
Sean Penn, esse sim, o homem mais sexy do mundo, faturou a estatueta de melhor ator por Milk e de quebra pediu a legalização do casamento gay. Há quem se irrite com o engajamento de Penn em prol disso e daquilo, mas atenção puristas, arte pela arte é balela e Oscar Wilde (que Deus o tenha em bom lugar) está morto.
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Aaaah, o Carnaval? Teve trio elétrico, os mesmos artistas de sempre, as mesmas brigas de sempre, que pioram ano após ano com o confinamento da pipoca...continuo na contagem, faltam dois dias! Amém.
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7 comentários:
Déia, a resenha do Carnaval está ótima! Com direito a Oscar e tudo! :) Bjss
Longa discussão aqui, que fica para outra hora: eu acredito em arte pela arte, e na maravilhosa inutilidade de um Hitchcock... O que nao quer dizer que eu também não acredito na arte engajada, mas só se ela for boa...
vamos debater sim, até pq Hitch é engajado! E qdo a gente discutir, eu te mostro como. O compromisso dele era com a arte e isso é uma forma de engajamento, é uma crença, Hitch acreditava, os filmes dele são obras-primas, lapidadas. A arte pela arte que eu critico é de outra natureza, vazia, insubstancial. Dia desses resgato meus estudos sobre a obra de Hitchcock e terei prazer em discutir com vc, rsrsrs.
By th way, quem disse que os filmes de Hitchcock são inúteis? Ele tinha um compromisso e foi fiel a ele a vida toda: entreter. Um artista que se compromete em entreter o público é engajado! Mas, infelizmente, a palavra engajamento é mais associada ao ativismo politico, social ou algo do gênero. Eu particularmente, admiro os dois tipos de engajamento (o politico-social e o artistico), mas torço o nariz para a estética pura e simples ou para quem faz arte hermética, "muderna", intocável na frieza da torre de marfim. Quero profundidade até na beleza.
Edu, tava com saudades das suas visitas!! Bem-vindo de volta!!
Hum, eu concordo, embora o entretenimento seja, sim, "inútil". Tem uma coisa ruim associada a essa palavra. O ócio é maravilhoso. Enfim, a insubstancialidade da arte não passa por essa questão, afinal de contas um cara pode ser engajado em ser hermético!
Com certeza, conheço algumas criaturas engajadas em serem herméticas, mas essas não despertam a cobiça do meu olhar. Entretenimento não é uma palavra ruim Saymon, o que é ruim é a forma como usam nossa necessidade de lazer em prol de um indústria de "panelinhas". O bacana na obra de Hitch é que ele sabia que cinema é entretenimento, mas sabia que também é arte.
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