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Neste domingo o sol volta a brilhar. Quem me conhece sabe que minhas tristezas duram menos que chuva de verão. Zapeando por um canal fechado, próxima atração: Tootsie. Dustin Hoffman é sempre Dustin Hoffman. Adoro esse filme. É leve, é apaixonante, diversão para esquecer que os problemas existem. Metonímia: uma daquelas declarações de amor da arte para a arte. Um ator desempregado se disfarça de mulher e consegue virar a estrela de uma novela. Nos bastidores, se apaixona pela jovem atriz da mesma novela (Jessica Lange); vive uma relação confusa com outra atriz neurótica; às voltas com um agente conservador e ainda divide apartamento com um amigo autor teatral que não acerta no texto de uma peça. Tinha tudo para dar errado, mas justamente por isso, dá certo. Filme para renovar esperanças e, usando chavão de livro de auto-ajuda, lembrar sempre de persistir nos próprios sonhos. Pieguice demais mata, mas em doses homeopáticas nos torna humanos.
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Para quem quiser ver:

Direção de Mike Figgis
Ano de lançamento: 1995
Elenco: Nicolas Cage, Elizabeth Shue e Julian Sands

Direção de Sidney Pollack
Ano de lançamento: 1982
Elenco: Dustin Hoffman, Jessica Lange, Bill Murray
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Não daria uma boa crítica cinematográfica. Sou uma expectadora passional. As histórias me falam ao coração e não ao senso crítico. Quando gosto de um filme, não vejo defeito. Acho as análises técnicas meio enfadonhas.
Um comentário:
Eu adoro o Despedida em Las Vegas, apesar da sua fama de desespero chique. Se Cage é maravilhoso, Elisabeth Shue não fica atrás num personagem tão básico: alguém já o definiu como saia de couro e coração perdido, ou seja, a velha prostituta de bom coração que tanto conhecemos. E, na pele de Shue, parece ser ainda a primeira vez.
Gosto muito do Tootsie também, e também apesar da fama de chauvinista: sabe como é o discurso das feministas. Um homem pode ser melhor mulher que as próprias mulheres. Descabido, não, esse pensamento militante? O filme é dez.
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