O novo livro do jornalista Armando Avena, Recôncavo, é ambientado em Cachoeira. Recebi um exemplar na redação, mandado pela assessoria de comunicação do autor. Um trecho da obra, impressa na contracapa: "Na primeira fila do auditório do Stockholm Convention Center, na Suécia, enquanto aguarda ser chamado pelo mestre-de-cerimônias, o primeiro escritor brasileiro a receber o Prêmio Nobel de Literatura surpreende-se ao distinguir no palco os personagens que fizeram sua história na cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano. E eles estão lá para dizer que o prêmio não lhe pertence."
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Reminiscências: A primeira vez que vi o rio paraguaçu tinha dois anos. Não lembro, mas me contaram que tomei banho naquele rio. Muitas outras vezes vi o paraguaçu, que está morrendo vítima da poluição, do descaso, da ação do homem, quando fazia reportagens sobre as histórias do recôncavo: a Boa Morte, os antigos engenhos, o forte da salamina. Numa das últimas vezes, minha alma ficou no rio, encantada com a beleza daquelas ilhas. No meu devaneio, queria restaurar uma antiga capela do século XVI e lá me casar. Não vi nenhum boto, mas o pescador que me acompanhava jura que ali no fundo, misturado à lama e aos mariscos, tem navio pirata afundado.
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Direto do túnel do tempo: Certa vez me flagraram anotando trechos de uma reportagem, sentada sob o batente de cimento que cerca uma mangueira, à beira do paraguaçu.
P.S.: O poema foi uma gentileza que eu não merecia
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