quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Petróleo, intolerância religiosa e racismo

Pegue uma nação que tem fama de ser a mais poderosa da terra e de fato, através de empréstimos exorbitantes via FMI, venda de armas, muitas armas, e invasão terrorial alheia a título de caçar terroristas, consegue mesmo ser riquíssima, - embora à beira da falência total - e você tem o quê? Os Estados Unidos de olho nas reservas de petróleo do Oriente Médio e nos rubis com os quais os sheiks orientais pagam por um arsenal que deixaria o Tony Stark boquiaberto.

Agora misture na receita, em doses milenares, o ódio atávico entre judeus e muçulmanos, pitadas generosas de fanatismo religioso, racismo, jihad e morte aos infiéis e você tem o quê? Israel -, que esqueceu que há pouco mais de 60 anos nem era uma nação e que, ao que parece, o holocausto foi invenção dos alemães e por lá ficou -, invadindo um pedacinho de terra seco feito o nordeste brasileiro. Mas a riqueza de Gaza está no subsolo. Bem sabem os americanos, que patrocinam o massacre dos inocentes.



Ouvi dois colegas de trabalho discutindo sobre os conflitos em Gaza. Um tentava justificar a ação de Israel, o outro tentava compreender as motivações do Hamaz, embora condenasse peremptoriamente os métodos do grupo separatista.

Na minha modesta opinião, de quem acompanha a guerra pela televisão e tenta traçar paralelos com outras versões mais brasileiras de massacre dos inocentes (tiroteio de traficantes e policiais na favela, a meninada se acabando no crack na rua 28 de setembro...), repudio a violência do Hamaz, repudio a violência dez vezes maior de Israel, repudio as Farc, o ETA, o IRA, os senhores das armas norte-americanos, o silêncio conivente da UE, e quem mais empunhar uma arma tendo como mira a cabeça de uma criança. Diante do banho de sangue que a humanidade promove há gerações, em nome de Deus, em nome do dinheiro, em nome sei lá de quê, mocinhos e bandidos não passam de coisa de cinema. Nenhum deles é menos culpado.

P.S.: Descobri que tem mais gente indignada com essa barbárie

Um comentário:

turbina de ideias disse...

sinceramente, não entedí, Andreia. Você aponta interesses econômicos que motivam assassinatos,invasões, etc.. e depois relativiza o mal.Por favor, me explique melhor.E quanto ao hamaz,eles foram eleitos em um pleito absolutamente legítimo para defeder os interesses dos palestinos.A ameaça é sempre originada de Israel, o agressor que quer tomar território palestino.E o condenável não é apenas uma arma apontada pra crianças, não, mas pra qualquer cidadão inocente.