O Curioso Caso de Benjamin Button entrou na lista de filmes para ver. Notei a semelhança da história com a de um livrinho infanto-juvenil chamado Era Duas Vezes o Barão Lamberto. Uma frase do livrinho não me sai do pensamento: "um homem que deseja viver eternamente precisa ter seu nome lembrado". Seria o blog uma tentativa de perenidade nessa vida fugidia? Hummm...vou pensar mais no assunto.
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Edgar Allan Poe faria 200 anos nesta segunda-feira. Ninguém vive tanto tempo na carne - e ele morreu tão novo, aos 40, embora acredite que sua alma é daquelas criadas no princípio do mundo -, mas as palavras deixam uma marca indelével, inesquecível...imortal!!!. "Poe continua atual", diz a frase de uma reportagem especial dedicada ao autor. Conheci Poe na adolescência e seus contos mórbidos, doloridos, humanos, libertaram meu desejo de escrever.
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Dei Histórias Extraordinárias ao meu filho de 11 anos, nunca é cedo demais. O Gato Preto causou impressão e o Barril de Amontillado uma certa repulsa pelo ato ignóbil de um amigo emparedar o outro vivo. Observo as suas reações de leitor com fascínio e uma certa crueldade de cientista fazendo experiências em um laboratório novo, cheio de possibilidades. Certamente, o resultado só virá daqui há mais uns dez anos.
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Em algum lugar da minha mente tem uma vozinha dizendo que preciso terminar o artigo da pós. O título eu já tenho:
Celular - Interatividade 24x7
Como os "dispositivos híbridos móveis de conexão multirrede"* configuram-se em ferramenta de apuração no ambiente das redações convergentes e em sua interação com a audiência, 24 horas por dia, sete dias na semana.
O problema agora é destrinchar o que vem abaixo do título, sem esquecer as notas de rodapé e as normas da ABNT. Uma leve sombra de arrependimento por me meter no universo acadêmico depois de quase 12 anos fora dos bancos escolares, mas passou rápido como a maioria das tentações. É como diria minha avó: "para alcançar o paraíso - (de me dedicar às pesquisas do que realmente me atrai na academia) - é preciso vencer o purgatório primeiro" (dos trabalhos escolares e suas regras de conduta). "Você aguenta! - a voz da minha mãe - você é madeira de dar em doido"
*A definião dos celulares como DHMCM não é minha, mas do professor André Lemos - Facom/UFBa.
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P.S.: A expressão madeira de dar em doido sempre me causou espanto. Embora não seja novidade nenhuma que o tratamento dedicado à loucura tenha relação direta com a violência ao longo da história. Foucault que o diga, com a sua Nau dos Insensatos.
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