Da série, o passo-a-passo de uma cobertura
O Carnaval de Salvador já começou. O rei Momo é o cantor e compositor Gerônimo. Um cara resistente, que tem a capacidade de se reinventar e sobreviver ao boom do axé fazendo o estilo de música em que acredita. Na massa homogênea do Carnaval, com cantoras chapinhadas e malhadas, Gerônimo, barrigudo, um senhor de meia-idade, mantém o charme da origem do samba-reggae. O que me atrai no samba-reggae, na salsa, nos ritmos de raiz que ele preserva? Justamente isso, o fato de serem de raiz, de manterem a origem das coisas em seu devido lugar de respeito.
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O A TARDE On Line está com hotsite para cobrir a folia comandada pelo rei Gerônimo. Eis o motivo pelo qual minhas madrugadas serão longas até a Quarta-feira de Cinzas.
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Plantões madrugada à dentro são incovenientes no que diz respeito a dieta e ao sono, mas os riscos de infarto são atenuados pelo santo remédio que é rir das piadas de colegas tão mal-alimentados e mal-dormidos quanto você. A solidariedade entre os notívagos me fascina e ajuda a manter o ânimo, mesmo na cobertura do Carnaval.
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"Chove lá fora e aqui faz tanto frio". Está realmente chovendo baldes (para refrescar a falta de juízo dos foliões) e a redação está geladíssima.
P.S.: anotação mental para a segunda-noite: pedir o controle remoto do ar condicionado e deixá-lo ao alcance dos dedinhos que voam pelo teclado.
2 comentários:
Aprendi a odiar o carnaval ano passado, trabalhando. Na rua a gente fica ligado, observando tudo enquanto todo mundo delira ouvindo música. Acho que o momento mais marcante do ano passado foi quando um policial começou a estapear (tapa na cara, e não murro desmoraliza mais) um folião embaixo do camarote do jornal na Barra. O sempre alerta fotógrafo Lúcio Távora, perfeito para esse tipo de cena, começou a bater foto de tudo de cima, e os PMs só perceberam os flashs 2 minutos depois, e foram embora. O estapeado foi pra outro lado e tudo continuou como estava, e lá fui eu bater outra nota sobre a animação de Durval Lelis puxando o trio, porque a cobertura não pode parar. As fotos não foram publicadas, acho.
não de gosto de carnaval, embora esteja há pelo menos 12 anos cobrindo a festa. Antes de ser jornalista, nunca saí como foliã.
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